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Como a maior parte dos caroneiros, Alessandra Reis, graduanda de Agronomia na Universidade Federal de Lavras, optou inicialmente por pegar carona devido ao baixo custo das viagens. No entanto, a universitária ressalta que a motivação por esse tipo de transporte vai além de valores, ganhando mais adeptos devido as experiências que cada trajeto pode proporcionar. Alê é caroneira assumida e sempre que há necessidade arruma as malas e vai para a rodovia. “Eu já fiz várias viagens de carona na BR, mas com certeza a que mais me marcou, por incrível que pareça, foi a primeira. Foi a que eu mais me dei mal”, afirmou Alê. 

A partida era de Belo Horizonte, capital Mineira, e tinha como destino Jequitaí, cidade do Norte de Minas. A viagem que deveria ter cerca de dez horas, se estendeu por mais de um dia. Era pouco mais de seis e meia da manhã quando Alessandra e um grupo de amigos foram para a BR. Juntos eles formavam três casais, que buscaram por caronas distintas. Os primeiros quilômetros de estrada de Alê foram tranquilos, e o caroneiro os deixou em Sete Lagoas, cidade a qual eles permaneceram por volta de duas horas até que outro veículo parasse e os deixassem no trevo de Pirapora. Ao chegarem na cidade, Alê relatou que ela e seu amigo, pensando que deveriam atravessa-la para que pudessem chegar ao destino almejado, Jequitaí, cometeram um erro, que culminou em vários imprevistos. 

A noite caia e tornava as rodovias escuras e perigosas demais para que eles pudessem seguir viagem. Por esse motivo, os estudantes optaram por dormir na própria cidade, para pegarem estrada no dia seguinte. Após andarem pela cidade por um tempo, os estudantes decidiram dormir na rodoviária, tendo em vista a facilidade de se conseguir um transporte para a rodovia logo pela manhã. A noite no local foi conturbada, devida à presença de um segurança que os importunava. Apesar do barulho, Alê e seu companheiro adormeceram e despertaram por volta das cinco da manhã no dia seguinte. Naquele momento, já se completavam vinte e quatro horas desde a partida de Belo Horizonte, e quando o casal finalmente chegou à rodovia, faltavam apenas vinte quilômetros para que eles pudessem chegar Jequitaí, e a espera no sol e as horas viagem, fizeram com que o casal pegasse um ônibus fretado para chegar à cidade desejada.

Alessandra relata que chegou ao seu destino por volta de uma hora da tarde, depois de horas sem banho, com muita fome e insolação. “Nossos amigos já estavam loucos. Não se tinha mais bateria de celular e muito menos dignidade.” Alê afirma, porém, que apesar de ter passado por tantos problemas durante sua primeira viagem de carona, a estudante não desanimou de viajar desse modo e que já planeja, inclusive, ir de carona até a Bahia no reveillon.

A primeira vez

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